terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Papo de Boteco - Com Jurandir Filho e Mauricio Saldanha


Finalmente a estréia do nosso videocast! Aleluia!!!!!! E não poderia ser com convidados melhores. Jurandir Filho e Maurício Saldanha do Rapaduracast, o melhor podcast sobre cinema do Brasil. Foi um papo muito bacana sobre essa nova mídia que está em franca expansão e, é claro, sobre cinema. É claro que um papo como esse foi bem grande, então a entrevista está dividida. Curtam a 1º parte e assim que estiverem prontas eu vou postando as outras partes.





Links dos sites comentados:

Portal Cinema com Rapadura

http://www.cinemacomrapadura.com.br

Quadrinhofilia - Blog do ilustrador José Aguiar

http://joseaguiar.com.br/blog/

Rapaduracast - o podcast do Portal Cinema com Rapadura

http://www.cinemacomrapadura.com.br/blog/category/rapaduracast/

Cabine Celular

http://www.cinemacomrapadura.com.br/blog/category/cabine-celular/



segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

conga na boca do cachorrão - Parte II

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é, musiquinha do lado de fora, tutituti, coisa de paquito. otro blequeleibou, um cigarro, é, ué, o carinha do bar já encheu o copo e dexô no balcão, num pedi, tá noiado o viado pela-saco do caralho? o boiola tá a fim de mim, aí, viado pela-saco do caralho. voz de pato, a moça ali que pagô, aponta cum sinal de cabeça, olho a mina, polaca, caju-piranha, dona bem vestida, tomara que num seja larga, vai valê as pedra da preta, a grana de megadete, penso na preta, entra dobrado se preciso. chego perto, carrego o copo, cigarro aceso no canto da boca, olho meio fechado de arder a fumaça, me manda eu sentá. voz de mulé fina, diria cachorrão, unha feita, dente bonito, naipe que tem grana, naipe de mulé que dorme de dia, a grana das pedra da preta, a grana de megadete, se for pra casa dela inda rola uma cachanga. diz o nome, abre a boquinha bem devagá, l-e-n-a, lena. pergunta meu nome. cachorrão disse pra dizê o nome errado, também era pra inventá um nome de rico, as mulé saca o naipe dos cara pelo nome, cachorrão sabia das coisa, tava comendo a coroa rica e a filha dela, se fosse o caso dizia a verdade depois, cachorrão ajudô a escolhê o nome, tinha que sê nome de rico, pensava em maicou, mas era nome de pobre, dizia cachorrão, que sabia das coisa, bernardo era milhó, nome de rico. sentá de frente, num colocá as mão em volta do copo, costume de cadeia, senão te metem a mão no prato. pergunta o que que eu tô bebendo, pagô agora, agora qué bebê, que beba. dente bonito, entorta a boquinha de lado pra guspi a fumaça do cigarro cumprido, dá risada, boquinha boa, vermelha, toma um gole do meu copo, faz careta, diz que é muito forte, mais forte dona. oferece o copo dela e pergunta qualqué coisa, puxa papo. mulé perguntadera mia, inda por cima fala de jeito esquisito, fala por escrito, diria cachorrão, mas tem tino, naipe de peito pêra, biquinho rosado e pequeno, güenta poco, aí é bom, eu desconverso e vô pra preta, mas tem que vê as pedra, a grana de megadete, a preta é bico preto, isso em mulé é bom, num é fresca, num desatina e escorrega de lado, num tem que ficá prensano em parede mijada. pergunta o que faço, sei lá, invento história, cheguei agora, vim vê qualé, se dé fico, muito velho pra bolero, vontade era dizê pedrero dona, pau de cavalo, que é o que tu qué, mas num dá. que diria cachorrão? pió que num vem nada, adivinha dona, me popa o guspe, balanço a cabeça, denuncio, desvirtuo, rio de lado, bebo um gole, tá aguado, a musiquinha mais alta, ela diz uma coisa que num entendo, rio de novo, balanço a cabeça. ergue o dedo, vem o magro todo de preto, parece ninja da televisão, dos filme de luta, gente brocha esses japa, vira rabo de arraia, martelo é pá bola, já era, já elvis, que nem dizia cachorrão. o magro volta, traz bandeja, dois copo, o meu e o dela, ela ri, só ri e faz pergunta essa dona. qué fazê tintim, diz alguma coisa, senta na cadera mais perto. tenho que mijá, dô um gole, só o primero gole dessa porra presta. ela diz de novo, chego perto pra dizê que num ovi, perfume, chero de mulé, chero bom, grã-fina, põe a mão na minha perna, abre a boquinha de risada, tá a fim. será? cachorrão disse que num era pra galinhá, só i se fosse na boa, era pra esperá o sinal. que porra de sinal? preciso mijá, digo pra dona, ela chega perto, vô falá, ela cola a boquinha quente na minha, língua macia, doce, encosta o corpo, passa de leve as unha em cima do pau, endurece o bicho, tá torto na calça, cresce de lado, ela dá risada, desgruda pega o copo e bebe rindo. bateu agora, esse tal de blequeleibou num é fraco, pensa se num fosse aguado, milhó mijá. ergo, o pau tá duro, ela ri, no balcão os pato ri, todo mundo ri. milhó mijá, onde é a privada? milhó i de leve, chapô a quina, a quininha de cachorrão pra dá balão bom antes de caí na naiti.