sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Esse vídeo vale a pena ver.

Salve meu povo
Hoje a postagem vai ser pequena, mas muito legal, principalmente pra quem gosta de Guitar Hero e do melhor blog de quadrinhos do Brasil, o Melhores do Mundo.



http://www.youtube.com/watch?v=x_fEfxzke5U&eurl=http://www.interney.net/blogs/melhoresdomundo/2008/09/05/mdm_tv_1_guitar_hero_de_pobre/


O maníaco do Change faz um pequeno manual de como transformar o teclado do seu computador numa guitarra de Guitar Hero. Vale a pena dar uma olhada porquê o vídeo é muito legal. Melhores do Mundo, cada vez mais fazendo valer o seu nome (link ai no lado)

Até mais




Luiz Modesti

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

NOTA DE ESCLARECIMENTO



Salve Galera
Essa é a segunda tentativa de criar o Ó Vísceras. A primeira ficou por conta do Webmaster ( a, tá!) David Xavier, o menino da mariposa no pescoço. Porém, como eu disse que essa é a segunda tentativa ja da pra imaginar o que aconteceu com a anterior. A idéia era bem antiga. Como qualquer grupo de amigos que se preza, tínhamos vontade de ter um espaço pra publicar aquele monte de histórias ridículas que se acumulam por mais de 10 anos de amizade. Também queríamos um lugar pra expressar o que estivéssemos afim, mesmo se tratando de religião, futeba e principalmente política. Só o papo sobre mulheres deve ser mais cuidadoso, pois as nossas digníssimas estão fazendo parte do nosso círculo de leitores.
Como em qualquer papo de boteco, sempre cabe o comentário dos nossos amigos. Então pode esperar a participação mais do que especial de Chris Godath,Bode, tio Bidu, Drica, Van e mais quem a gente decidir publicar.Os primeiros post são trancrições dos meus primeiros textos publicados no site Uarevaá (link ali no lado) que feito por uma galera muito massa, com textos excelentes e que eu recomendo a absolutamente TODO MUNDO.Muito obrigado, Freud.

Vamos ver se agora vai. Obrigado pela sua visita.


Equipe Ó Visceras

Isso é o que eu chamo de um dia positivo!




Nada melhor do que começar os posts inéditos do "Ó Vísceras" com um dia positivo. O dia começa com o niver da minha linda namo, a Van. Meus planos deram certo, ela recebeu suas flores, adorou, fez inveja as colegas do trampo e ficou ainda mais apaixonada pelo gordinho sexy que vos fala. Depois disso, finalmente consegui ouvir, na íntegra, o novo disco do Metallica, Death Magnetic. Talvez seja por não esperar muito, talvez seja pela expectativa não ser nada promissora após os ridículos Load, Reload e Snt. Anger.


O fato é que o disco é FOOOODAAAA! Tem momentos que lembram os grandes discos clássicos. Tenha em mente o "And Justice for All" e o "Black Album". Mais tarde, após uma audição mais atenta e crítica, prometo uma análise faixa a faixa do disco, mas agora o fã Luiz Modesti está no comando e vai curtir um monte.


E quando o dia parecia bom o suficiente, não é que veio mais uma bela surpresa? E logo de onde eu menos esperava. Do Atlético. Depois daquela humilhante surra de cinta que o furacão tomou em Goias, que fez a galera REALMENTE acreditar na segunda divisão, quem corou todos os rubro-negros de vergonha, não é que a diretoria deu uma dentro? Contrataram o Messias da Arena, Geninho. Eeeeeeeeeeeee!
Até apostei com uma amiga que o Atlético acaba o brasileirão na frente dos coxinhas. Empolgação de fanático? Claro que sim, mas torcedor do Atlético anda tão pra baixo que qualquer boa notícia é motivo de festa. Uma coisa é certa, a galera estava esperando a tempos por isso, e garanto lotação máxima na arena como resposta.



Luiz Modesti é tão empolgado que pagou R$ 200,00 numa camisa da seleção logo depois do jogo contra Gana na copa. Lembram qual foi o jogo seguinte?

Guitar Hero é ilusão (e que delícia de ilusão)

Guitar Hero é ilusão (e que delícia de ilusão)
Por Luiz Modesti

Aviso. Esse não é um texto sobre games, e sim sobre o bom e velho Rock n’ Roll. Se você não gosta de rock, vai ler outra coisa. Ou então, UARÉVAA.

Muito já foi dito e comentado sobre as séries de games Guitar Hero e Rock Band, inclusive no Uarévaa (excelentes matérias feitas pelo Duende Amarelo, vale a pena conferir, É só clicar aqui e aqui ). Mas uma coisa que sempre me incomodou foi o fato de não ter lido nada do ponto de vista roqueiro.

Eu nunca fui lá muito fã de videogame. Pra mim, bastava um futebolzinho, um de corrida e tava tudo certo. Até que um dia um amigo meu me falou de um jogo que tinha as músicas de louco que eu gostava. Lá estava o gordo roqueiro destruindo carros em Rock n’ Roll Racing. Era até patético, eu jogando e cantando “Paranoid”, “Highway Star”, “Born to be Wild” e solfejando “Bad to the bonés”. Ali estava, finalmente, um jogo que me cativou. Claro, isso me custou à grana p/ comprar um Super Nintendo (só jogava na casa dos amigos) e muito tempo p/ jogar.
Lembrou do jogo? Não conhecia? Veja aqui



E o tempo passou. Fui envelhecendo e ficando mais rabugento. Videogame REALMENTE não era mais assunto do meu interesse, até que um outro amigo (valeu Ivan), num belo papo sobre bandas me falou q tinha tocado “Killin in the Name” do Rage agains the Machine. Como assim? Ele era tão capivara quanto eu se tratando de instrumentos musicais. Então, mais uma vez o gordo aqui foi arrebatado. Guitar Hero!Putaqueparil, que maravilha. O jogo, em si, é básico. Chega até a ser tosco. Mas tocar muitas das suas músicas prediletas é uma experiência quase orgástica. Pra minha sorte eu já tinha comprado, há algum tempo, um play para o meu irmão mais novo. Naquele dia ele perdeu o videogame. Confesso que já tentei aprender a tocar violão umas 800 vezes, mas meus dedos pequenos e gordos não ajudaram. Vai ver foi por isso que aprendi a cantar (Cérberos Ébrios, minha banda, em breve em mp3).

Na empolgação, raspei o cofre e comprei o joystick guitarra, além dos Guitar Hero I e II. Vale cada centavo. Eu REALMENTE me senti como Tom Morello, Ace Freley, Brian May e tantos outros guitarristas que sempre proveram meus ouvidos com o melhor. Conheci muitas bandas ali que hoje sou fã, como o Queens of the Stone Age e Butthole Surfers. A cabeça agitava ao ritmo da música, e quanto mais rápido e agressivo, melhor.

O legal disso tudo é que, diferente de outros jogos com gráficos arrebatadores e jogabilidade complexa, onde você tem de desvendar enigmas dignos de Sherlok Holmes ou destruir exércitos, liderar a sua gang contra os marginais da outra rua ou fazer o melhor ajuste no seu carro, aqui a única coisa que conta é a diversão. E como é divertido tocar a música que você mais gosta. Aquela da sua banda favorita, tocada de uma forma humilhante pelos outros e que você achou que NUNCA ia tocar. Vi os olhos de muitos amigos ficarem marejados enquanto jogavam. A música tem um poder gigantesco de encantar. Interagir com ela torna a experiência arrebatadora.

Duvida? Então experimente. Não se preocupe em tocar 100%, em ser o famoso viciado. Jogue só porque é legal. Jogue pra se divertir. E curta “Dream On”, tirada do Guitar Hero: Aerosmith.



Outro dia eu comento o porquê das gravadoras estarem apostando nesse formato de música como a salvação da lavoura e como o Metallica já está fazendo (mais) fortuna com os jogos.
Grande abraço e Up the irons!

Luiz Modesti é estudante de Comunicação Social e se aluga a escrever comentários nos posts do MdM e, na companhia de Davis Xavier e William Teca, escreve no recém-nascido Ohvísceras.



Materia originalmente publicada no Uarevaá, e foi bem massa!

Tropa de Elite de cabeça fria

Agora que o hype passou, que muito ja foi dito sobre os erros e acertos sociais, que ja se desenvolveram e se apagaram os Cap. Nascimento facts, é hora de analizar esse fenômeno do cinema brasileiro mais uma vez. É hora de :

TROPA DE ELITE, DE CABEÇA FRIA
Por Luiz Modesti


Vendo o filme hoje, sem o bafafá que absolutamente todo mundo fez, desde o Jabor ao Bugman, a visão que se tem do filme pode ser totalmente outra. José Padilha não fez um filme p/ fazer heróis. Ele fez um filme com linguagem de documentário. Ele joga os fatos, quem julga é o público. A narração em off do cap. Nascimento pode até te levar em algum momento, mas o comportamento malandro do cap. Fábio te mostram o outro lado da questão. Por mais q ele seja corrupto, malandrão e tal, ele conquista a simpatia do público com uma atuação brilhante de Milhen Cordaz. O típico policial que todo mundo ja teve o desprazer de conhecer em blits de trânsito e por ai afora. Mesmo sendo uma personagem anti-ética, ele é o arquétipo do policial que conhecemos.

Aqui cabe um adendo. Não é só nesse filme q a policia é vista assim. Desde Jorge Amado, Dias Gomes entre outros grandes autores da nossa literatura ja viam a polícia dessa forma. A cada cena que introduz o cap. Fábio, junto temos um sambinha denotando o malandro típico, como o “loirinho” Hugo Carvana. Diferente do policial que “pra rir, tem de fazer rir”, que só causa desconforto por cobrar por um direito do soldado. Então temos o confronto das visões de polícias no nosso folclore. Temos o “Senta o dedo nessa porra” X “Marimbondo, voa aqui!

E ai entramos em Roberto Nascimento, (sem maldade). Ele é um profissional a beira de um colapso. Não respeita nada na instituição para a qual trabalha, a não ser que seja a sua corporação. A fidelidade entre os membros do BOPE é canina, coisa que vem desde o treinamento exaustivo e humilhante que separa os melhores. Essa polícia Darwiniana não representa apenas o que ha de melhor e mais treinado na polícia. É tb o mais violento. E o Cap. Nascimento é a sua melhor representação.Mas então, por que diabos ele virou herói nacional?
Não é a narração em off nem a posição de comando no BOPE quem fez ele virar ídolo. Nem a direção de José Padilha ou a atuação de Wagner Moura. Foi o público!!! Duvida? Veja a tradicional “jornada do herói”. Quem se encaixa ai? Neto e Matias. Principalmente o Matias. O Cap. Nascimento tá mais p/ Obiwan do que p/ Luke. Isso pelo roteiro. Mas pra quem vive com medo de ser vítima de assalto, que ve o tráfico tomar conta de cada vez mais territórios e se sente sob a mira de uma arma a cada passo que da na rua, a figura de um Jack Bauer que não ve limites p/ o cumprimento do dever e a defesa da população é um alento.

O fato do filme ter vazado p/ a internet e ser top hits nos camelôs ser uma estratégia de marketing ou não é irrelevante. Eu lembro de alguns amigos me falando, muito tempo antes do lançamento oficial do filme no cinema, de que tinham visto um filme “massa véio”. A primeira coisa que todos falaram era sempre: “Cara, é um filmão de ação. Sério, tipo Jack Bauer e Bruce Willis”. Não botei fé, mas todos os que assistiram concordam que Tropa de Elite foram uma gigantesca evolução no cinema nacional. Finalmente tínhamos um filme de ação brasileiro, que caiu no gosto do público. Gírias cariocas tomaram as ruas. O BOPE virou um grupo de super-heróis, e nem estávamos no Rio de Janeiro. Tínhamos um blockbuster tupiniquim!

Mas, diferente dos arrasa-quarteirões Yankies o nosso é um grandioso filme em todos os sentidos. Direção, fotografia e atuações brilhantes como a muito não se via. O fato do filme ser um quase documentário, quase não se decoravam roteiros. As atuações são expontâneas. Esse é o tipo de filme que vai ter o seu devido valor reconhecido com o tempo. Tropa de Elite é um filme que foi guinado para o sucesso pelo clamor popular. Muito mais do que as críticas positivas dos meios de comunicação, a opinião do boca-a-boca fez desse filme um marco. Um filme que quis atirar num alvo (uma suposta crítica a violência policial), e q acertou em outros milhares de alvos. Quis ser um filme de ação e se tornou um desabafo popular.

Senta o dedo nessa porra!!!!!!!!



Matéria originalmente publicada no queridissimo Uarevaá, valeu Freud.

COMO MICHAEL JACKSON MUDOU O MUNDO

Molecada criada a leite com pera e ovomaltino, esse texto não era pra vocês. Mas se tornou, porquê reflete um tempo que pra vocês é só história, mas que pra muito nerd saudoso que frequenta esse querido blog é uma página brilhante de um passado feliz. Hoje tudo é moleza, mas já se imaginou crescendo sem internet? Sem o seu canal só com desenhos animados e que, na verdade só tinham 5 canais na TV? Isso que se mudavam os canais num seletor que parecia uma matraca. Pra saber quais as músicas que estavam bombando, não se baixava de algum site, se ouvia no rádio. E, acredite (palavra de profissional da área) a música tocava conforme o pedido dos ouvintes. Música de sucesso era MESMO a mais pedida.
Enquanto isso, a TV de antigamente não era nada parecida com a sua MTV. Música? Só uns caras fazendo playback num programa aqui, outro acolá. Fora isso era no Globo de Ouro, um programa também de playbacks, mas com a apresentação da Isabela Garcia e no famigerado “Musical do Fantástico”, onde os artistas de sucesso, que coincidentemente estavam tocando na novela da globo daquela época, pagavam o mico de uma tentativa escrota de juntar sua música com uma historinha bisonha, que quase sempre não tinha nada a ver com a letra.
Ai vocêm me pergunta: “Ta, e dai?” E dai, incauto infante, que nessa época ocorreu a mudança. E foi com estardalhaço, como qualquer boa revolução tem de fazer. O que você conhece hoje como videoclip, campanha de marketing, essas coisas tão comuns vieram dai. Fora o impacto cultural gigantesco que permeou cada traço dos anos 80 e reverbera até agora na música pop . E foi apenas um cara de muito talento. E nada mais justo que hoje, dia 29/08/2008, no dia que ele completa 50 anos, explicar:

COMO MICHAEL JACKSON MUDOU O MUNDO

Se você sabe a diferença entre uma guitarra e um cabo de enxada, sabe que ele surgiu para o mundo no mega-sucesso Jacksons 5, grupo iniciado pelo seu pai Joseph, onde Michael cantava com seus irmãos Jackie, Tito, Jermaine e Marlon. Mesmo com 8 anos, o talento de Michael ja extrapolava não apenas o nível dos irmãos, mas tb o da maioria dos seus colegas de gravadora, a lendária Motown.
Duvida? Veja ai:

http://www.youtube.com/watch?v=e1ODaEq9n3Y&eurl=http://uarevaa.blogspot.com/search/label/De%20fora%20da%20Panela



O molequinho cresceu, sua voz mudou e o cara continuou cantando muuuuuuuuuuito. Na verdade, cantava ainda melhor, e escrevia ainda melhor. E dançava ainda mais. Óbvio que o molequinho que havia conquistado a América a frente dos seus irmãos ia seguir carreira solo. Mas só isso seria pouco. Não basta apenas fazer um bom disco, sair na TV e tals. Tinha de juntar tudo e fazer algo grandioso. Ele tinha de dançar como... ele mesmo. E ele tinha de ter o melhor. Ele tinha de ter, na produção, o mago Quincy Jones. Foi então que a revolução começou com “Off the Wall”:

http://br.youtube.com/watch?v=4_hz2am90Hk

Reconheceu? Sim, a música do eterno Video Show. E não faça cara feia p/ os efeitos especiais que parecem coisa de Chaves e Chapolim. É assim hoje, mas na época era “massa véio”. A estratégia deu tão certo que esse disco foi o mais vendido album de black music até então, vendendo apenas em 80 (ano de lançamento) 25 milhões de cópias. Mais do que tudo q os Jacksons 5 haviam vendido. Mas tinha uma mãe no meio do caminho. Quando Michael estava ainda em turne de divulgação do “Off the Wall”, sua mãe pediu p/ ele voltar a gravar com seus irmãos, nem que fosse apenas mais um disco. Ele precisava de carregar um bando de aspones nas costas, num momento desses? Não. Mas ele fez disso uma oportunidade. Como a recepção a sua idéia de um video musical bem trabalhado tinha dado certo, ele resolveu investir um pouco mais. Junto dos irmãos ele podia arriscar e então chamou quem mais produzia efeitos especiais em 1981, a tão conhecida de nós todos Industrial Light and Magic. O resultado é embasbacante. O ápice dos efeitos especiais daquela época. Nunca, ninguém tinha feito algo parecido. Os efeitos transformaram os Jacksons em deuses que cuidavam do mundo. É muito p/sua cabeça? Então veja ai:
http://www.youtube.com/watch?v=J9malySv1bE&eurl=http://uarevaa.blogspot.com/search/label/De%20fora%20da%20Panela



If you look around
The whole world is coming together now
Can you feel it,
Can you feel it,
Can you feel it?
Feel it in the air, the wind is taking it everywhere
Can you feel it,
Can you feel it,
Can you feel it?


Sucesso absoluto. Lembro de ver esse clip, quando eu era pequeno, até no TV Mulher. O disco vendeu horrores. Mas... cade o Michael? Esse disco dos Jacksosns saiu pela Epic, enquanto o Michael era contratado da CBS, mais tarde Sony. Então, apesar dele cantar ( e muito) no disco Triumph, ele não é creditado, nem apareceu no clip. O sucesso esvasiou um pouco sem o carisma de Michael. Mas a bomba ja havia sido depositada, armada, e a explosão viria a seguir.
Novembro de 1982. Para o lançamento oficial do seu novo album, Thriller, Michael chama o diretor Steve Baron para dirigir o clip do 1º single, “Billie Jean”. Mais um sucesso, mas era pouco para o que Michael queria. Ele pressionou a CBS até receber o diretor q ele queria, a verba que ele queria para fazer o que ele idealizou como o vídeo que ele queria. Ele pediu um milhão de dólares. A CBS deu 600 mil. Você acha pouco? Saiba que, se o disco fosse um fracasso, toda a verba investida na gravação, prensagem, distribuição e mais esses 600 mil seriam o suficiente para falir uma das maiores gravadoras do mundo. Era uma aposta e tanto. Michael pediu o diretor John Landis e seu parceiro de filmes como “Um lobisomem Americano em Londres” , Rick Baker. Foi então feito um curta-metragem com 14 minutos. Um suicídio comercial na época. Quem iria transmitir um vídeo musical tão grande? Isso era dito até o momento que se assistia o vídeo. Não era só um vídeo, era história. Confira:

http://br.youtube.com/watch?v=AtyJbIOZjS8

Ai o mundo era dele. Como se diz no tenis, Game – Set and Match. A aposta deu certo e Michael Jackson era o rei do pop. Agora deixo os dados históricos e falo como espectador. A Globo anunciou o vídeo por uma semana. Foi o ápice do Fantástico daquele dia e ainda hoje uma das maiores audiências do programa. Não havia a internet, o mercado de VHS engatinhava no Brasil e a única forma de ver um clip era pela TV, e se passasse. E todo mundo viu. No outro dia, não se falava em outra coisa. No ônibus, na escola, no mercado, no trabalho, todo mundo só falava no Michael. Todos os programas queriam capitalizar esse sucesso. Por meses a fio o Gugu colocava o clip de Thriler no seu Viva a Noite. Trapalhões fizeram sua paródia. As rádios tocavam Thriler sem parar. Foi um fenômeno que, até hoje, não se viu maior. E isso só no meu microcosmos de Curitiba. Todo esse frenesi aconteceu em escala global.
O que veio depois, todo mundo sabe. Megaturnês, megacontratos, megaescândalos e tals. Mas isso não importa aqui nem agora. Nesse singelo texto, só importa a música e a consequência. Por conta desse vídeo, Thriler é o album mais vendido do mundo até hoje. Pelo poder que os clips demostraram ter, a indústria abraçou esse formato. Por conta disso, a tentativa de um canal segmentado se tornou a potência MTV q conhecemos hoje. Todos, eu disse TODOS que fizeram e fazem música pop citam Michael como referência. Enfim, ele mudou o mundo. Isso, decididamente, não é pra qualquer um. Feliz 50 anos. Pra encerrar, as palavras de Vincent Price.

Darkness falls across the land
The midnight hour is close at hand
Creatures crawl in search of blood
To terrorize y'all's neighborhood
And whosoever shall be found
Without the soul for getting down
Must stand and face the hounds of hell
And rot inside a corpse's shell

The foulest stench is in the air
The funk of forty thousand years
And grizzly ghouls from every tomb
Are closing in to seal your doom
And though you fight to stay alive
Your body starts to shiver
for no mere mortal can resist
the evil of the thriller


Luiz Modesti escreve de vez em quando p/ o Uarévaa, mas ta sempre tentando fazer o Moonwalker como quando ele era criança.


Publicado originalmente no site Uarevaá